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Amigos são melhores que morfina
Você também pode perguntar aos seus amigos se você vai viver muito ou não: eles acertam mais do que a média.[Imagem: Wikimedia/ |
Amigos contra a dor
Pessoas com mais amigos têm maior tolerância à dor.
Essa conclusão veio quando pesquisadores compararam o nível de sociabilidade dos voluntários com os seus níveis de endorfina.
“Eu estava particularmente interessada em um químico no cérebro chamado endorfina. As endorfinas fazem parte dos nossos circuitos de dor e prazer – elas são analgésicos naturais do nosso corpo e também nos dão sentimentos de prazer. Estudos anteriores sugeriram que as endorfinas promovem a ligação social tanto em seres humanos quanto em outros animais,” explicou Katerina Johnson, da Universidade de Oxford (Reino Unido).
Uma teoria, conhecida como “teoria dos opiáceos da ligação social no cérebro”, propõe que as interações sociais desencadeiam emoções positivas quando as endorfinas se ligam a receptores opioides no cérebro. Seria isso o que nos dá uma sensação de bem-estar quando vemos nossos amigos.
“Para testar esta teoria, nós nos baseamos no fato de que as endorfinas têm um poderoso efeito analgésico – ainda mais forte que a morfina,” disse Katerina.
Amigos como analgésico
Ao utilizar a tolerância à dor como uma forma de avaliar a atividade das endorfinas no cérebro, os resultados confirmaram que as pessoas com redes sociais maiores apresentam uma maior tolerância à dor, dando suporte à teoria.
Ou seja, ter mais amizades pode realmente ajudar a manter as dores à distância.
“Estes resultados também são interessantes porque pesquisas recentes sugeriram que o sistema de endorfina pode ser interrompido em distúrbios psicológicos como a depressão. Isto pode ser parte da razão pela qual as pessoas deprimidas frequentemente sofrem com a falta de prazer e tornam-se socialmente retraídas,” propõe Katerina.
Houve também dois outros resultados dignos de nota: pessoas saudáveis e em boas condições de saúde, por um lado, e aquelas que relataram elevados níveis de estresse, por outro, apresentaram maior tendência a ter redes sociais menores.
Fonte:diariodasaude