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Dedicação tem recompensa

Só de pensar em fazer musculação, algumas pessoas já ficam desanimadas. Ficar parado, sentado ou em pé, repetindo movimentos oito, dez, quinze vezes, pode tornar-se cansativo e entediante. Mas, para outros, é a chance de descarregar um pouco o estresse do dia a dia, aumentar o bem-estar e diminuir aquelas dorzinhas latejantes (uma pequena tendinite ou um incômodo nas costas ou pernas por ficar grande parte do dia em uma posição).

“Algumas pessoas não gostam de lidar com um aparelho de ginástica e num primeiro momento acabam achando chato”, admite o professor Wilmar dos Santos Villas, gerente técnico da musculação e setor cardiovascular de uma unidade paulistana da rede Cia. Athletica. “Mas a contrapartida existe”, ele logo emenda. “Mesmo quem não gosta às vezes acaba ganhando motivação quando vê que a academia e a musculação propiciam um ótimo ambiente também para fazer amigos”.

Aos que não curtem o ambiente da academia e preferem locais abertos, há a alternativa de praticar a atividade em parques, ao ar livre, desde que haja equipamentos básicos para isso. Os mais acomodados podem fazer em casa mesmo — vendo TV, ouvindo música… Em qualquer caso, porém, é preciso orientação de um especialista, porque movimentos malfeitos podem acarretar dores musculares.

Trabalhe a musculatura

Há quem torça o nariz para a monotonia. “Gosto de esportes que têm um objetivo: fazer gol, cesta, ponto”, resume o professor de português Marcelo Moura, de Campinas (SP). Villas lembra que mesmo para esses casos — e para atividades aeróbicas, como correr e pedalar — a musculação é essencial. “Ela dá suporte muscular e sustenta as articulações”.O jogador de futebol americano Dhiego Taylor Cordeiro, de 22 anos, sabe disso. Ele, que atua no Corinthians na posição de offensive lineman-center, ou simplesmente atacante, fez musculação para melhorar o condicionamento físico. “Apesar de não gostar muito de ir à academia, a atividade me ajudou a trabalhar os músculos que são mais necessários na minha posição. Fiz também um trabalho especial de perna, muito bom”, lembra.

O importante, destaca Villas, é o ganho em qualidade de vida — não por acaso, muitas vezes os usuários da academia se matriculam por orientação médica. “Os próprios médicos reconhecem os benefícios da musculação. Ela fortalece a coluna, por exemplo. Alonga bem e enrijece a musculatura de todas as regiões do corpo, minimizando a possibilidade de cãibra e até fazendo desaparecer dores incômodas do dia a dia”, explica.

A auxiliar de escritório Erica Felisardo Suares, de 30 anos, gosta de musculação principalmente por isso. Ela levanta peso há dois anos, não falta na academia, “apesar da preguiça que dá às vezes”. “A minha energia melhorou, me sinto muito mais disposta”, comemora.

Mitos e verdades da musculação

De aparelho em aparelho, ao longo de uma aula na academia debate-se de política aos bochichos do último reality show. Fala-se muito, também, de mitos e verdades sobre a prática dessa modalidade.

Por exemplo: uma pessoa muito forte nunca pode parar de treinar, se não os músculos se tornam flácidos. Tomar banho após uma série intensa de exercícios impede o desenvolvimento dos músculos. Apenas com uso de complemento alimentar, você consegue musculatura volumosa. Praticantes até experientes acabam encarando frases assim como verdade absoluta. Mas elas nem sempre são verdades.

“A musculação é cheia de mitos e precisamos tomar cuidados com eles”, alerta o professor Wilmar dos Santos Villas, gerente técnico da musculação e setor cardiovascular de uma unidade paulistana da rede Cia. Athletica.

O ganho de músculo varia de pessoa para pessoa. “É necessário avaliar a predisposição genética. Há quem tenha aptidão para correr e dificuldade para criar músculos. E há quem tenha facilidade para ter músculos maiores, mas pouca condição cardiovascular”, compara.

O mesmo vale para o aumento do peso. “É caso a caso. Para uns, a musculação significa peso a mais. Para outros, não”, diz Villas. “É fato que o músculo pesa mais do que a gordura, mas é um peso magro”. O importante, ressalta, é ter equilíbrio entre a proporção de gordura em relação ao peso magro.

Sentir-se bem com o resultado

A publicitária Amanda Bairos, de 23 anos, reclama não da falta de músculos, mas do excesso. “Quando comecei a ficar forte demais, decidi sair da academia”, relata. Segundo Villas, para evitar descontentamentos desse tipo é preciso desenvolver atividades adequadas aos objetivos de quem começa a se exercitar.

A necessidade de complementação alimentar não é fundamental, acredita o especialista. Conta mais, salienta, ingerir uma alimentação balanceada, de acordo com sua atividade física. “O importante é praticar exercícios e comer bem, sempre com a orientação de um nutricionista”, avisa.

 

Fonte:saudecominteligencia.

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