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Cientistas creem que buracos negros podem ser portais para outras galáxias

Em 10 de abril de 2019, pesquisadores da National Science Foundation anunciaram que haviam capturado pela primeira vez a imagem de um buraco negro

Por Jesús de LeónEpoch Times

Um buraco negro giratório pode oferecer uma passagem segura para outra parte da galáxia, ou para uma galáxia totalmente diferente, asseguram cientistas baseados em novos estudos.

Físicos da Universidade de Massachusetts, UMass Dartmouth, e da Georgia State University “Gwinnett College”, disseram que seus novos modelos de simulação sugerem que um grande buraco negro giratório pode facilitar um passo “viável” através de aberturas no campo espaço-tempo, de acordo com o jornal The Conversation.

O físico Gaurav Khanna, seu colega Lior Burko e sua aluna Caroline Mallary, se inspiraram no filme Interestelar para comprovar se seu personagem central, Cooper, interpretado por Matthew McConaughey, poderia teoricamente ter sobrevivido a uma descida pelo buraco negro Gargantua, como sugerido no filme de ficção.

“Os efeitos da singularidade no contexto de um buraco negro em rotação resultariam em ciclos repetitivos de expansão e compressão da espaçonave que aumentariam. Mas para buracos negros muito grandes como o Gargantua, a força desse efeito seria muito pequena. Portanto, a espaçonave e qualquer indivíduo a bordo não a detectariam”.

Imagem da Galáxia Cygnus (NASA / NRAO / AUI)Imagem da Galáxia Cygnus (NASA / NRAO / AUI)

No épico filme de ficção científica de Christopher Nolan de 2014, um grupo de astronautas viaja através de um buraco de minhoca em busca de um novo lar para a humanidade.

Embora tenha sido um tema recorrente na ficção científica por décadas, um buraco negro em si nunca foi considerado uma forma viável de viagem espacial porque os cientistas sempre pensaram que as forças misteriosas do buraco esmagariam qualquer coisa que ousasse entrar nele.

Traje espacial do astronauta Mark Lee permitiu que ele voasse livremente para longe do ônibus espacial durante este teste (NASA)

No entanto, os cientistas dizem agora que os novos modelos de simulação sugerem que um buraco negro giratório, que contém uma singularidade de inflação de massa, pode realmente oferecer uma passagem segura para outra parte da galáxia, ou para uma galáxia diferente.

Em 10 de abril de 2019, pesquisadores da National Science Foundation anunciaram que haviam capturado pela primeira vez a imagem de um buraco negro.

Trata-se de uma imagem do buraco negro supermassivo e sua sombra no centro de uma galáxia conhecida como M87, que foi tirada em abril de 2017 usando observações do Telescópio Event Horizon.

A imagem mostra um anel brilhante formado à medida que a luz se inclina na gravidade intensa em torno do buraco negro, que é 6,5 bilhões de vezes mais massivo que o sol.

Imagem composta da galáxia M106 focaliza seu centro ativo, onde acredita-se que grandes quantidades de gás estão caindo e alimentando um buraco negro supermassivo (NASA)

Especulações científicas sobre as propriedades exóticas dos buracos negros aumentaram nos últimos anos. Um estudo de 2016 examinou a possibilidade de buracos negros de cinco dimensões na forma de anéis que violam as leis da física, incluindo a teoria da relatividade geral de Einstein. Outro documento postula que os buracos negros depositam matéria num futuro distante.

Em maio de 2018, astrônomos descobriram evidências de milhares de buracos negros localizados perto do centro de nossa Via Láctea usando dados do Chandra X-ray Observatory da NASA.

Astrônomos descobriram evidências de milhares de buracos negros localizados perto do centro de nossa Via Láctea usando dados do Chandra X-ray Observatory da NASA (NASA / CXC / Columbia Univ. / C. Hailey)

Esses buracos negros recém-identificados foram encontrados a três anos-luz – uma distância relativamente curta em escalas cósmicas – do buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia conhecido como Sagitário A* (Sgr A*).

No entanto, pouco se sabe sobre a logística de viajar nas estrelas através dos buracos.

Os seres humanos ainda estão tentando visitar o planeta mais próximo em nosso sistema solar e o buraco negro mais próximo, Sagitário A* – que fica a 27 mil anos-luz de distância no centro da Via Láctea – que não é nem mesmo remotamente acessível sem tecnologias de propulsão que estão há décadas, senão há séculos, de sua implementação.

Fonte:.epochtimes

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