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Descoberta de novo objeto no Sistema Solar indica existência de planeta escondido

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Uma equipe internacional de astrônomos confirmou a descoberta de um novo objeto nos confins do Sistema Solar. Trata-se do objeto mais distante já observado dentro do nosso próprio sistema, a cerca de 15.5 bilhões de km do Sol, e sua órbita é cerca de 3 vezes mais distante que a de Plutão! Isso significa que ele está a 103 UA, ou seja, 103 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. É muito, muito distante!

Nomeado V774104, esse novo corpo do Sistema Solar tem entre 500 metros e 1 km de diâmetro,  e os cientistas acreditam se tratar de um corpo rochoso.

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Imagem feita com o Telescópio Subaru mostra o objeto V774104.

Créditos: Subaru Telescope / Scott Sheppard / Chad Trujillo / David Tholen.

A descoberta foi detalhada no 47° Encontro Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana, e é resultado de observações feitas por Scott Sheppard, do Instituto Carnegie de Ciências, e Chat Trujillo, do Observatório Gemini, no Havaí.

De acordo com os cientistas, ainda não se sabe muito sobre a órbita de V774104, e mais observações são necessárias a fim de compreendê-la perfeitamente. Quando os astrônomos conseguirem traçar a trajetória que esse corpo faz ao redor do Sol, ele deverá ser incluído em uma de duas categorias:

  1. Se sua órbita o coloca muito próximo do Sol de tempos em tempos, ele se juntará ao grupo de objetos cuja órbitas irregulares são resultado da atração gravitacional de Netuno;

  2. Por outro lado, se a órbita de V774104 o coloca ainda mais distante do Sol, ele se juntará ao grupo de objetos da teorética Nuvem de Oort interior, um cinturão de objetos que habitam o extremo do Sistema Solar, a mais de 1.000 UA de distância, como Sedna e 2012 VP113.

Especulações do Planeta X ganham força

Sedna e VP113 são os únicos objetos do Sistema Solar que têm órbitas inexplicáveis de acordo com os modelos atuais. Uma explicação para as estranhas órbitas desses distantes objetos é a presença de um planeta grande, rochoso e escuro, que ainda não teria sido identificado.

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Ilustração da Nuvem de Oort com relação ao Sistema Solar interior e a órbita de Sedna.

Créditos: divulgação

Se esse planeta realmente existir, ele teria sido lançado para a extremidade do Sistema Solar por conta de alguma interação gravitacional (efeito estilingue), e especula-se que sua poderosa influência gravitacional ainda estaria afetando a órbita de pequenos mundos de gelo.

Especula-se também que a estranha órbita desses objetos distantes seria o resultado de influências gravitacionais de “berçário de estrelas” quando o Sistema Solar ainda estava se formando. Alguns acreditam inclusive que muitos objetos da Nuvem de Oort podem ter sido atraídos por essas estrelas.

Não importa qual seja o caso, o fato é que os astrônomos estão ansiosos por finalmente desvendar os segredos e as misteriosas influências gravitacionais que vemos nos confins do Sistema Solar. Compreender a órbita de V774104 será como ganhar uma nova peça desse grande quebra-cabeças.

 

Fonte: ScienceMag / Wired

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