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Jovem assexuado revela como é não querer transar num mundo hiper sexualizado

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Num mundo onde o sexo, os relacionamentos e todas as questões envolvendo essas duas questões são esfregados em nossos rostos cotidianamente, parece utópico considerar que há pessoas que não se interessam por nada disso. Mas elas existem: são os assexuados.

Tom, por exemplo, é um jovem de 25 anos que é virgem, nunca se apaixonou, namorou, não gosta de tocar nas pessoas e nem acha que isso deve acontecer um dia.

Em entrevista à BBC, ele relata que é um não-romântico assexuado. Ou seja, quando além de não sentir atração sexual por ninguém, ele também nunca se apaixonou e não sente falta desta experiência.

“Se você pensa em orientação sexual como algo que define com quem você vai querer fazer sexo, a orientação romântica define por quem você vai se apaixonar. Pelo que eu sei sobre isso, apaixonar-se por alguém não é algo muito prazeroso, me aparece que seria um pouco estranho”, conta ele, que considera algumas músicas sentimentais demais e não entende o motivo de haver cenas de sexo em filmes.

Obs: A bandeira abaixo é a dos assexuados.

“MAIS DIFÍCIL ASSUMIR-SE ASSEXUADO QUE GAY”

O garoto relata que foi criado em uma família que pregava que não era permitido fazer sexo antes do casamento. Na adolescência, ele não percebeu a assexualidade, mesmo quando os amigos fantasiavam as garotas e mesmo diante do fato de nunca ter beijado ninguém. “Você até acha que alguém tem uma aparência agradável, mas é da mesma forma que você acha que o pôr-do-sol tem uma aparência agradável”.


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Virgem e desencanado, ele só foi ter consciência de ser um homem assexuado aos 22 anos, quando leu um artigo na rede social. “As coisas começaram a fazer sentido, coisas como por que as pessoas eram tão obcecadas com o sexo e eu não era. Na faculdade, havia milhares de coisas sobre saúde sexual sendo empurradas todos os dias, enquanto isso não era interessante ou relevante para mim”, declarou. Ele até achava que a maioria das pessoas não se interessavam por sexo.

O jovem diz que é muito complicado se assumir assexual, uma vez que a palavra raramente é usada e nem levada a sério. “Não é uma palavra que todos entendem. Minha família não entendem e eles não querem falar sobre isso, mas alguns dos meus amigos sabem. Uma pessoa gay só precisa apresentar o namorado e ficará óbvio que ele é gay. É mais difícil se você é um assexuado”, defende.

A longo prazo, ele afirma que até gostaria de ter um companheiro ou companheira, afinal não transar não significa considerar-se autossuficiente, mas classifica a experiência como “ser um astronauta”. “Às vezes isso faz eu me sentir triste – é pior para mim quando estou doente e estou preso no apartamento sozinho, seria legal ter uma companhia nessa hora”.

Tom explica: “Se você olhar para casais mais velhos que realmente amam muito um ao outro, eles provavelmente não estão apaixonados, nem se sentem mais atraídos sexualmente – eu acho que gostaria de pular a primeira parte do relacionamento e ir direto para essa fase”.

Fonte: acapa

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