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Mercado brasileiro carece de produtos específicos para a terceira idade

O IBGE trata a população com mais de 60 anos como um grupo com alto poder de consumo. No entanto, pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito aponta que 45% têm dificuldades para encontrar produtos adequados

 

 

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Segundo presidente da Shopper Experience, muitas pessoas dessa faixa etária reclamam que se sentem “invisíveis” nas lojas

egundo a consultoria Escopo, especializada em estudos de geomarketing*, 71% dos brasileiros com mais de 60 anos têm independência financeira. Só em 2013, os idosos gastaram em torno de R$ 1 trilhão, 34% do total gasto pela população brasileira. 

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) trata a população com mais de 60 anos como um grupo com alto poder de consumo. No entanto, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito, 45% têm dificuldades para encontrar produtos adequados. 

Produtos adequados x produtos ‘para velhos’ 

Se há um grupo chegando aos 60 pronto para aproveitar a nova fase e investir as economias em viagens, estudos e numa vida com qualidade, há quem esteja nessa faixa sem saber direito como recarregar os créditos do cartão do metrô. 

“Nos Estados Unidos, boa parte do espaço comercial da TV aberta é dedicado aos produtos para terceira idade, que vão desde planos de saúde até utensílios domésticos. O Brasil ainda está engatinhando nessa área. É preciso olhar para esse grupo com mais atenção. Eles precisam de produtos adequados e não de produtos para velhos”, aponta o professor de comunicação Dado Schneider. 

“Os idosos também querem comprar pela internet, saber pesquisar no Google. Se os mais jovens não estão dispostos a mostrar como a tecnologia funciona, o país perde em crescimento. Eu mesmo, com 53 anos, sofri com a reserva de mercado da informática dedicada aos mais jovens que nos impede de acompanhar a evolução digital”, completa Schneider. 

O problema está no atendimento 

Para Stella Susskind, presidente da Shopper Experience, os sessentões estão procurando se atualizar em tecnologia. Podem até comprar menos pela internet do que os mais jovens, mas procuram pesquisar para barganhar melhor preço ou não serem enganados. Para ela, é no atendimento que reside o problema. 

“Todo mundo gosta de um atendimento especial, de atenção em relação ao que foi procurar na loja. No entanto, os empresários brasileiros não estão atentos ao consumo inclusivo. Muitas pessoas dessa faixa etária reclamam que se sentem invisíveis nas lojas. As empresas precisam mudar sua cultura agora para atender a demanda que vai explodir em 10 anos”, afirma Susskind.

Fonte:portalterceiraidade

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