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O celular e a radiação HEV Light: saiba por que você precisa se proteger
A exposição a dispositivos móveis pode ser tão maléfica para a pele quanto a luz solar; especialista explica os danos e destaca medidas de proteção
Com a explosão da tecnologia via gadgets, surge um novo e potencial agressor da pele: a High Energy Visible Light ou HEV Light. Conhecida como luz azul, a radiação emitida por dispositivos móveis pode ser tão maléfica quanto a luz solar.
Sem precaução ou proteção, a exposição pode desencadear ou piorar doenças de pele e o surgimento das temidas manchas escuras, principalmente no rosto. Além do risco para a face, a radiação também é ligada a danos ao tecido cutâneo e inflamações, agindo diretamente no DNA celular.
Quem alerta aos danos causados pela exposição desprotegida à radiação dos aparelhos é Cláudia Marçal, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Uma das medidas para evitar os malefícios da radiação é o uso de protetor solar com proteção para a luz azul”, destaca.
Quais são os efeitos da luz azul?
A dermatologista explica que a luz azul do celular (e de demais dispositivos mobile) é a porção mais energética da luz visível e está relacionada a diversas patologias como melasma, envelhecimento e cânc er de pele.
De acordo com a médica, isso acontece porque esse tipo de luz estimula a melanogênese, ou seja, a pigmentação, sendo um fator importante de piora do melasma e de doenças que apresentam fotossensibilidade como o Lúpus e a rosácea. “Além disso, ela causa maior inflamação na pele produzindo radicais livres como superóxidos, espécies reativas de nitrogênio e carbono. A luz visível/azul, ao interagir com a melanina, pigmento que dá cor à pele, gera uma forma de oxigênio altamente reativa que deteriora inclusive o material genético celular”, diz a médica.
Saiba como evitar os danos
A médica alerta que, considerando a quantidade de tempo que passamos na frente de nossos dispositivos, todos deveriam proteger a pele contra tais efeitos, tanto quanto do sol ou outros fatores ambientais. Então, se você já é atento o suficiente para usar um FPS alto diariamente, com antioxidante de preferência, saiba que o próximo passo é adicionar proteção contra luz azul ao repertório de cuidados para evitar rugas, pigmentação e perda de colágeno.
Para falar em proteção da pele contra a luz azul, existem ativos antioxidantes e protetores solares com essa ação de bloqueio contra o dano.
“Produtos que formem uma verdadeira proteção 360º contra a poluição ambiental digital são necessários, utilizando ativos como: Alistin, antioxidante que neutraliza os radicais livres e impede aglicação do colágeno; Exo-P, que reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro; OTZ 10, um peptídeo que tem a capacidade de neutralizar os subprodutos tóxicos gerados pelo UVA e calor; e principalmente Pro-Shield, um sucrapeptídeo vegetal protetor natural contra a poluição digital e poluição ambiental. O Pro-Shield protege especificamente contra a ação dos dispositivos eletrônicos que emitem radiação azul, que compreende uma faixa do espectro que causa danos à pele e ao cabelo”, afirma Mika Yamaguchi, farmacêutica e diretora científica da Biotec Dermocosméticos.
Outro ativo que pode ser usado é Shield MLDA, extraído do café torrado, que tem a capacidade de absorver a luz visível/azul neutralizando os malefícios desta radiação.
Quando aplicar
Ainda segundo Cláudia Marçal, tais ativos podem ser adicionados em séruns ou cremes anti-idade e antioxidantes e utilizados em duas situações: de manhã, após limpeza e tonificação e antes do foto protetor – juntamente com a Vitamina C; e à noite, após limpeza e tonificação, em um sérum anti-idade para ser usado antes do creme com ácido hialurônico. “Alguns desses ativos também podem ser manipulados no protetor solar, que deve ter FPS de no mínimo 30, garantindo a foto proteção contra a radiação UVA, UVB, calor e luz visível / azul”, finaliza a médica.
Fonte:.uai.