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Uso de mídias sociais leva à depressão, e não o contrário
Os resultados parecem ser diferentes conforme se pesquisa adolescentes e jovens ou adultos. Por exemplo, outro estudo concluiu que o uso de mídias sociais por adolescentes não aumenta risco de depressão.
Mídia social e depressão
Adultos jovens que aumentaram o uso das redes sociais mostraram-se significativamente mais propensos a desenvolver depressão nos seis meses seguintes.
Em comparação com participantes que usaram menos de 120 minutos por dia de mídia social, por exemplo, os jovens que usaram mais de 300 minutos por dia tiveram 2,8 vezes mais probabilidade de ficarem deprimidos em seis meses.
Este é o primeiro grande estudo de base nacional a mostrar uma ligação entre o uso de mídias sociais e a depressão ao longo do tempo.
“A maior parte dos trabalhos anteriores nesta área nos deixou com a questão do ovo e da galinha. Sabemos de outros grandes estudos que depressão e uso de mídia social tendem a andar juntos, mas tem sido difícil descobrir o que vem primeiro. Este novo estudo esclarece essas questões, porque o alto uso inicial da mídia social levou a maiores taxas de depressão. No entanto, a depressão inicial não levou a qualquer mudança no uso da mídia social,” disse o Dr. Brian Primack, da Universidade do Arkansas (EUA).
Tempo e comparações danosas
Primack e seus colegas analisaram adultos norte-americanos entre 18 e 30 anos. Eles mediram a depressão usando o Questionário de Saúde do Paciente e perguntaram aos participantes sobre a quantidade de tempo que eles gastaram em plataformas como Facebook, Twitter, Reddit, Instagram e SnapChat.
Suas análises controlaram fatores demográficos como idade, sexo, raça, educação, renda e emprego, e incluíram pesos de pesquisa para que os resultados refletissem a população dos EUA.
“Uma razão para esses resultados pode ser que a mídia social ocupa muito tempo,” disse o Dr. Cesar Escobar-Viera, da Universidade de Pittsburgh e coautor do estudo. “O excesso de tempo nas redes sociais pode deslocar a formação de relacionamentos pessoais mais importantes, o alcance de objetivos pessoais ou profissionais ou até mesmo momentos valiosos de reflexão.”
Os autores sugerem que a comparação social também pode estar subjacente a essas descobertas.
“A mídia social é frequentemente escolhida para enfatizar quadros positivos,” disse o pesquisador Jaime Sidani. “Isso pode ser especialmente difícil para jovens adultos que estão em momentos críticos da vida com relação ao desenvolvimento da identidade, sentindo que não podem atingir os ideais impossíveis aos quais estão expostos.”
Fonte:diariodasaude
[Imagem: Sasin Tipchai/Pixabay] e epocanegocios.globo.com