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Visão feliz da vida melhora saúde física

Felicidade que leva à saúde

Que ter uma boa saúde facilita que a pessoa seja feliz é algo que parece bastante óbvio. Mas que ter uma visão feliz da vida pode ajudar a ter saúde é bem menos intuitivo.

Contudo, um crescente corpo de pesquisa científica vem reforçando o fato de que uma perspectiva feliz pode ter um impacto muito real no bem-estar físico da pessoa.

Isso fez com que o assunto passasse a ser abordado de forma mais séria e criteriosa, por meio dos rigorosos ensaios clínicos randomizados.

“Embora estudos anteriores tenham mostrado que pessoas mais felizes tendem a ter melhores respostas à saúde cardiovascular e ao sistema imunológico do que seus pares menos felizes, nossa pesquisa é um dos primeiros ensaios clínicos randomizados a sugerir que aumentar o bem-estar psicológico, mesmo de adultos geralmente saudáveis, pode trazer benefícios à sua saúde física,” conta o professor Kostadin Kushlev, na Universidade de Georgetown (EUA).

E os dados do ensaio mostram que intervenções psicológicas on-line e pessoais – táticas projetadas especificamente para aumentar o bem-estar subjetivo – têm efeitos positivos na saúde física. As intervenções online e presenciais foram igualmente eficazes.

Felicidade Duradoura e Melhoria Contínua

Ao longo de seis meses, Kushlev e seus colegas examinaram se e como a melhoria do bem-estar subjetivo de pessoas que não estavam hospitalizadas ou em tratamento médico afetaria sua saúde física.

Adultos entre 25 e 75 anos foram aleatoriamente designados para uma condição de lista de espera – o grupo de controle – ou para uma intervenção de psicologia positiva de 12 semanas, projetada para lidar com três fontes diferentes de felicidade: o “Eu Central”, o “Eu Experiencial”, e o “Eu Social”.

O programa, chamado Felicidade Duradoura e Melhoria Contínua, consiste em módulos semanais, liderados por um clínico treinado, no caso presencial, ou realizados individualmente, usando uma plataforma on-line individualizada. Nenhum dos módulos focou em promover a saúde física ou comportamentos de saúde, nem mesmo sono, exercício ou dieta.

“Todas as atividades foram ferramentas baseadas em evidências para aumentar o bem-estar subjetivo,” observou Kushlev.

Um futuro feliz

Os participantes que receberam a intervenção relataram níveis crescentes de bem-estar subjetivo ao longo do programa de 12 semanas. Eles também relataram menos dias doentes do que os participantes do controle durante o programa e três meses após o encerramento da intervenção.

O modo on-line de administração do programa mostrou-se tão eficaz quanto o modo presencial, liderado por facilitadores treinados.

“Estes resultados falam do potencial de tais intervenções serem dimensionadas de maneira a alcançar mais pessoas em ambientes específicos, como campus universitários, para ajudar a aumentar a felicidade e promover uma melhor saúde mental entre os alunos,” exemplificou Kushlev.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Does Happiness Improve Health? Evidence From a Randomized Controlled Trial
Autores: Kostadin Kushlev, Samantha J. Heintzelman, Lesley D. Lutes, Derrick Wirtz, Jacqueline M. Kanippayoor, Damian Leitner, Ed Diener
Publicação: Psychological Science
DOI: 10.1177/0956797620919673

Fonte:diariodasaude.

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